
Como mulheres podem planejar um estilo de vida mais produtivo que respeite os diferentes ciclos da vida feminina
Neste artigo você vai aprender:
As redes sociais estão repletas de vídeos de rotina que começam às 5h da manhã. O motivo para despertar tão cedo, muitas vezes, é construir um estilo de vida mais produtivo. Geralmente, esse tempo extra é voltado para atividades de autocuidado e preparação pessoal, frequentemente negligenciadas no dia a dia frenético.
Nesse contexto, muitas pessoas são influenciadas a adotar rotinas similares, seja porque funcionaram para outras ou porque influenciadores seguem esse caminho. No entanto, esse processo ignora o contexto e a individualidade de cada pessoa. Assim, a produtividade pode se tornar uma ilusão ou até mesmo uma estratégia de marketing para quem busca lucrar com isso — afinal, Deus ajuda quem cedo madruga.
Quando essa “fórmula mágica” chega ao público feminino, seu impacto é ainda mais complexo. Isso porque as mulheres desempenham múltiplos papéis ao longo da vida: lideram empresas, gerenciam a casa, conciliam a maternidade e lidam com transformações como a gestação e a menopausa.
Pensando nisso, o Minas de Propósito, coletivo de empoderamento feminino, promoveu a live “Mulher, seus ciclos e Planejamento: Como desenhar seu 2025 de forma potente”. O evento foi conduzido pela CEO do projeto, Miriã Antunes, e contou com a participação da Facilitadora de Transformação Thais Reali.
Ao longo da transmissão, foram discutidos os diferentes ciclos da vida feminina, além de dicas práticas de produtividade e exemplos aplicáveis a diferentes contextos. Confira abaixo:
Existe um conceito do livro Cartas do Caminho Sagrado que fala sobre a “sacola de talismãs”. Segundo ele, os guerreiros indígenas colecionavam talismãs ao longo da vida e os usavam conforme a necessidade. Cada pessoa possui seus próprios “talismãs”, ou seja, práticas e ferramentas que ajudam a lidar com desafios.
Muitas vezes, tenta-se seguir fórmulas que não funcionam para todos, como a ideia de que é necessário acordar às 4h ou 5h da manhã para ser produtivo. No entanto, cada indivíduo possui um ritmo diferente.
O planejamento deve ser feito com base no que realmente funciona para cada um, e não apenas no que a sociedade ou outras pessoas determinam.
“Vou dar um exemplo pessoal. Durante a pandemia, com filhos pequenos e estando sozinha em casa, passei a acordar muito cedo. Isso funcionou para mim naquele momento, e mantive esse hábito até o final de 2023. No entanto, ao iniciar 2024, percebi que aquela rotina já não fazia sentido para a nova fase da minha vida. Eu precisava dormir um pouco mais. E é isso que acho importante: perceber essas sutilezas e ajustar o planejamento conforme nossas necessidades mudam”, disse Thais Reali durante a live.
Isso leva a outro ponto: o planejamento envolve escolha. Não escolher também é uma escolha.
Muitas vezes, achamos que estamos “deixando a vida nos levar”, mas essa atitude, por si só, é uma decisão. Se não tomamos as rédeas do nosso planejamento, corremos o risco de, no futuro, percebermos que não construímos o que queríamos.
Muitas vezes, traçamos metas ambiciosas sem considerar nossa real disposição para cumpri-las.
Imagine uma pessoa sedentária que decide, de repente, treinar sete dias por semana. Ela estabelece esse compromisso, mas será que realmente tem disposição para mantê-lo? Será que essa rotina será sustentável?
Se, no final, ela conseguir treinar três dias por semana, será uma grande conquista. Mas, por ter estipulado sete dias como meta, pode acabar se sentindo frustrada e achando que fez pouco. O problema não está no que ela realizou, e sim na ambição desproporcional à sua realidade.
Isso não significa que não devemos ter ambição. Pelo contrário, ela é essencial para o crescimento. O que precisamos é olhar para nossa ambição de forma madura e alinhá-la à nossa disposição real, considerando nossos ciclos e momentos de vida.
Nossas metas precisam ser desafiadoras, mas também alcançáveis. Isso tem um impacto direto no nosso cérebro, pois quando conseguimos atingir um objetivo, reforçamos nossa motivação e mantemos a disposição para buscar o próximo passo.
A inovação e prototipagem utilizam o conceito de MVP (Mínimo Produto Viável), algo pequeno que se valida a experiência e então se evolui.
“Durante as férias, minha personal trainer também estava de recesso, e eu não queria ficar um mês inteiro sem atividade física. Então, entrei em um desafio de 25 dias. Deu tão certo que continuei treinando depois disso e transformei o hábito em algo permanente. Mas, além de manter meu corpo ativo, eu queria provar para mim mesma que eu estava no comando das minhas ações. Esse foi um dos maiores aprendizados desse processo.” disse Thais Reali durante a live.
Ao final do evento, Thais pondera que, muitas vezes, há hesitação em ocupar um espaço que já nos pertence. “A nossa cadeira já está ali, pronta para ser ocupada, mas nós estamos ao lado dela – de pé, agachadas, hesitantes. E, se não sentarmos, em algum momento, alguém ocupará esse espaço”, conclui.
Então, assuma o seu lugar. Sente-se na sua cadeira. Reconheça sua potência e tudo o que você pode conquistar dentro do seu contexto. Não espere permissão, não minimize suas capacidades. Apenas vá e faça acontecer.
Leia os últimos artigos do
blog NetEye:
Acompanhe nosso Insta:
Preencha o formulário e em breve alguém da nossa equipe entrará em contato.
Desenvolvido por NetEye. Todos os direitos reservados.
CNPJ 06.696.007/0001-76