
Empresas mais maduras na aplicação da LGPD têm apostado em eventos periódicos de educação e engajamento, como o “Dia da Segurança”, em que são relembradas regras, boas práticas e exemplos de incidentes reais.
Neste artigo você vai aprender:
Desde que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) entrou em vigor, em 2020, as empresas brasileiras vêm enfrentando o desafio de criar uma cultura de privacidade e segurança da informação.
Nas organizações que levam a sério a proteção de dados, o ponto de partida é a transparência. O colaborador precisa saber, de forma clara e registrada em contrato, que o uso dos recursos corporativos pode ser monitorado. Esse monitoramento não é invasão, mas uma medida de segurança prevista e comunicada, que tem como objetivo proteger tanto a empresa quanto os próprios funcionários.
Mas, como dizem especialistas da área, não basta “fazer assinar uma política”. As pessoas esquecem. No cotidiano corrido, entre tarefas e prazos, as boas práticas de segurança acabam ficando em segundo plano. É por isso que o programa de conscientização contínua se torna essencial.
Empresas mais maduras na aplicação da LGPD têm apostado em eventos periódicos de educação e engajamento, como o “Dia da Segurança”, em que são relembradas regras, boas práticas e exemplos de incidentes reais.
Nesses momentos, fala-se sobre o que é permitido, o que não é, e quais são as consequências de comportamentos inadequados, como o acesso a sites pessoais, redes sociais ou páginas não relacionadas ao trabalho durante o expediente.
Essas ações ajudam a criar o que os especialistas chamam de cultura de segurança: um ambiente em que o cuidado com dados e sistemas é natural, automático, incorporado à rotina. Quando o colaborador entende que suas atitudes podem gerar riscos para a empresa, ele passa a agir com mais responsabilidade.
Cada empresa adota seus próprios mecanismos de controle e correção. Em muitos casos, o caminho começa com advertências e conversas orientativas, sempre com um viés educativo, não punitivo. O objetivo é fazer o colaborador compreender os impactos de suas ações, e não simplesmente puni-lo.
É muito mais produtivo tratar incidentes como oportunidades de aprendizado. Quando o colaborador entende por que aquele comportamento foi um problema, ele dificilmente repete o erro.
Gervânia Miranda, consultora da área de privacidade
Essa abordagem pedagógica, reforçada por políticas internas claras — como o código de conduta, o termo de uso de equipamentos e a política de privacidade — cria um ciclo de aprendizado. Aos poucos, a segurança deixa de ser um conjunto de regras externas e passa a fazer parte da identidade da organização.
A cultura de proteção de dados não se constrói da noite para o dia. Ela depende de repetição, diálogo e, principalmente, exemplo da liderança.
Quando gestores e equipes de TI, RH e compliance trabalham de forma integrada, a LGPD deixa de ser vista como “burocracia” e passa a ser entendida como um valor essencial, tão importante quanto ética, qualidade ou inovação.
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